Nova lei do governo federal permite mais liberdade e segurança para a contratação de crédito rural

A Lei 13.986, sancionada no dia 7 de abril de 2020, aperfeiçoa a Cédula de Produto Rural (CPR) e os títulos do agro, lançando as bases para um mercado privado de crédito com maior liberdade de contratação e segurança jurídica, menos oneroso e mais transparente, na avaliação do secretário-adjunto da Secretaria de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, José Angelo Mazzillo Jr.

“O objetivo é facilitar ao máximo o carreamento de dinheiro privado, tanto doméstico quanto externo, que deverá começar a chegar em maior volume, mais tempestivamente, a juros mais acessíveis e suportado em garantias mais compatíveis para o nosso agronegócio. Para isso, a Lei também estimula maior competição entre os financiadores e a adoção de inovações tecnológicas em desenvolvimento no da sistema financeiro, mercado de capitais e pelas agrofintechs”, diz Mazzillo, destacando também a necessidade da adaptação desses instrumentos financeiros para promover a entrada da agropecuária nacional nos mercados das finanças verdes.

Para Mazzillo, há necessidade de se colocar a lei “de pé”, ou seja, fazer com que os novos mecanismos sejam efetivos na intenção de se carrear mais recursos financeiros privados para o agronegócio. Segundo ele, adaptações regulamentares serão necessárias, assim como novas atualizações legais.

“O principal desafio será romper a inércia do próprio mercado, forçado, nas últimas décadas, a esperar o comando Estatal para direcionar crédito para giro e investimentos do setor”, avalia o secretário-adjunto.

Ele também avalia que será necessário fazer tanto uma reavaliação regulatória infralegal, para potencializar os efeitos pretendidos pela Lei, quanto novos aperfeiçoamentos legais num futuro próximo. “A nova rodada de modernização legal deverá começar pelo registro das garantias da CPR pois, com a nova lei, o registro da cédula passou a ser efetuado nas tecnologias registrais mais modernas do planeta, enquanto o registro de suas garantias permaneceram em tecnologias ultrapassadas, onerosas e morosas, o que vem retardando o avanço do mercado de crédito e comprometendo a evolução do próprio agronegócio. O maior exemplo disso é o registro de garantias imobiliárias em cartórios, que ainda é burocrático, caro, sem padronização e moroso, quando deveria ser ágil, simples e a custos compatíveis com a racionalidade econômica do serviço prestado, conforme vem sendo feito pelas entidades registradoras que empregam tecnologia mais moderna e amplamente difundida no país. Todavia, apesar dos esforços empreendidos, não se conseguiu aprimorar esse aspecto crucial na Lei 13.986”, diz Mazzillo.

Confira alguns pontos da nova Lei
– A partir da Lei 13.986, a CPR poderá ser emitida não somente sobre a produção primária (agropecuária), mas sobre os produtos oriundos do primeiro processamento dessa produção (agroindústria). Agora, por exemplo, produtores de biocombustíveis e o setor de atividades florestais (conservação, manejo e implementação) poderão emitir o título. Antes, somente produtor rural agropecuário poderia fazer essa emissão.

– A Cédula também admitirá todos os tipos de garantia previstos em lei – aval, penhor, garantias imobiliárias e fiduciárias -, até mesmo o Fundo Garantidor Solidário (FGS) e o Patrimônio Rural em Afetação (PRA), instituídos pela Lei.

– Outra novidade é a possibilidade de emissão imediata da CPR referenciada pela variação cambial, taxa de juros fixas ou flutuantes, sejam quais forem seus emissores, compradores ou produtos, o que não era permitido antes. O Conselho Monetário Nacional (CNM) poderá eventualmente regulamentar pontos específicos se houver necessidade. Assim, o mercado de crédito privado está liberado para contratação imediata nessas condições sem necessidade de regulamentação prévia, o que se espera acontecer desde já.

– A CPR deverá ser registrada em registradoras de alta tecnologia, a exemplo do que ocorre no âmbito do Sistema Financeiro Nacional. O registro empodera o produtor, que passará a ser o dono de seus dados, de seu histórico como bom devedor e, dessa forma, ter acesso a fontes mais baratas de financiamento. Além disso, confere ao Estado maior capacidade de monitoramento. Dessa forma, conforme os mercadosprivados de crédito forem incrementando sua atuação, e caso surja alguma atipicidade que justifique eventual ação regulatória posterior, isso poderá ser providenciado pelos órgãos competentes.

– Ao trazer para o ambiente legal muitas práticas que já vinham sendo feitas, a Lei confere à CPR e aos títulos do agro nível bastante superior de segurança jurídica.

– Apesar de estar voltada ao desenvolvimento do mercado privado de crédito, a Lei aproveitou para ampliar o acesso ao mecanismo de equalização de taxas de juros, antes permitido a apenas oito bancos, agora aberto a todas as instituições financeiras autorizadas a operar em crédito rural. Dessa forma, todos os bancos públicos e privados, além de centenas cooperativas de crédito, passarão a ter acesso a esse mecanismo. Tal providência também abre espaço para que outras instituições financeiras que vierem a ser autorizadas a operar com crédito rural, a exemplo das Agrofintechs, possam pleitear subvenção de taxas de juros para seus clientes produtores rurais.Tal medida aumentará a competitividade pelos recursos federais, diminuindo tanto os custos para o Tesouro, quanto as taxas de juros cobradas, além de expandir o número de operações de crédito rural contempladas com esse benefício.

Fonte: Mapa

Agência japonesa e Embrapa discutem oportunidades em Agricultura 4.0

Uma comitiva da Agência de Cooperação Internacional do Japão (Jica) está em visita a centros de pesquisa da Embrapa esta semana para discutir oportunidades de parceria em agricultura digital para fins de segurança alimentar e desenvolvimento rural sustentável. Dia 14, na sede da Embrapa em Brasília/DF, os japoneses foram recebidos pela assessora da Diretoria de Inovação e Tecnologia (DEIT), Sibelle Silva, e pelo secretário de Inovação e Negócios (SIN), Daniel Trento.

A agência japonesa completou 60 anos de atuação no Brasil e, desde a década de 1970, mantém estreito relacionamento com a Embrapa para iniciativas voltadas ao meio rural. Para dar início a uma nova fase na relação entre as instituições, foi chave a apresentação do presidente da Empresa, Celso Moretti, na 4º edição do Diálogo Brasil-Japão, realizada ano passado na cidade de São Paulo/SP, na presença de autoridades japonesas, incluindo o ministro da Agricultura, Floresta e Pesca, Takamori Yoshikawa.

Durante o evento, Moretti apresentou ações da Embrapa voltadas à Agricultura 4.0, citando a submissão à Jica do projeto “Desenvolvimento de Sensores e Plataformas de Agricultura de Precisão em apoio à Agricultura Sustentável” pelo pesquisador da Embrapa Informática Agropecuária, Ricardo Inamassu. A submissão do projeto – que obteve aprovação “excepcionalmente, considerando a importância do tema” – foi feita via Agência Brasileira de Cooperação (ABC) foi articulada com apoio da Gerência de Relações Estratégicas Internacionais (GREI/SIRE) e DEIT.

O detalhamento das ações do projeto é o motivo das visitas de técnicos da Jica no Brasil e no Japão às unidades da Embrapa. Na reunião com a DEIT, o diretor do Departamento de Desenvolvimento Rural da JICA no Japão, Kota Sakaguchi, lembrou a histórica atuação conjunta no desenvolvimento do Cerrado e iniciativas da agência na disseminação de tecnologias da Embrapa junto a países da América latina e da África.

“Agora, desejamos fortalecer as relações da Embrapa com a Jica e o Japão para participar conjuntamente da revolução da agricultura através da transformação digital”, destacou Sakaguchi, fazendo referência à relevância dos recursos naturais brasileiros para o País e o mundo. A retomada das negociações para instalação de um Laboratório Virtual da Embrapa (Labex) no Japão foi apontada por Sakaguchi como importante iniciativa neste momento – em que a Jica implanta sua política de Smart Food Chain (SFC) focalizando o desenvolvimento de estratégias de co-criação e transformação digital, apresentada na reunião em Brasília.

Inovação Aberta

O secretário de Inovação e Negócios, Daniel Trento, fez uma apresentação institucional da Embrapa ressaltando pontos do Macroprocesso de Inovação (MPI) como o uso da escala TRL na classificação das tecnologias desenvolvidas e em desenvolvimento, o modelo de inovação aberta em adoção na Empresa e, nesse no contexto de escassez de recursos públicos, o papel das parcerias com instituições de pesquisa nacionais e internacionais, bem como com a iniciativa privada e a promoção de eventos de aproximação com startups.

Em resposta ao questionamento sobre a inclusão da Agricultura Familiar no âmbito das estratégias de transformação digital, o secretário disse da necessidade de criação de redes para discutir e apresentar soluções para o complexo desafio da conectividade com propriedades rurais localizadas em regiões ainda sem acesso à internet, como o Norte e o Nordeste do País. Na apresentação ganhou destaque o trabalho da Embrapa Territorial na coleta de dados para monitoramento de culturas, relevante para o desenvolvimento de políticas públicas relacionadas à infraestrutura para escoamento de produção e monitoramento do desmatamento.

Assim como Sakaguchi, a assessora da DEIT, Sibelle Silva, avalia que o encontro evidenciou sinergias e possibilidades de parceria para além do projeto aprovado pela Jica. “Devemos avançar na atuação em áreas de interesse comum para a co-criação na área de digital com vistas à segurança alimentar, desenvolvimento sustentável, transferência de tecnologia e mercado”, avaliou.

Ainda esta semana, a missão japonesa tem encontros agendados com as equipes da Embrapa Informática Agropecuária (17/01) e da Embrapa Agrossilvipastoril (15/01). Além do diretor Sakaguchi, a comitiva é integrada pelo Conselheiro em Agricultura da JICA no Japão, Yutaka Hongo; pelo representante do Escritório da JICA em Brasília, Yutaro Tanaka; pelo coordenador de projetos na JICA-Brasil Kimura Nobuyuki, pelo representante do setor privado Isao Dojun, Consultor em Agricultura da empresa Chuo Kaihatsu Corporation; e o training officer da agência Tadasu Kondo.

Embrapa-Jica

Segundo o coordenador Nobuyuki, da cooperação técnica entre Embrapa e Jica denominada Projeto de Suporte Técnico-Científico para o Desenvolvimento Agrícola dos Cerrados, desenvolvido em parceria com a Embrapa Cerrados teve a primeira fase de execução iniciada em 1977, estendendo-se até 1985.

Entre os principais projetos que marcaram a parceria com a Jica na modalidade de Cooperação Técnica estão os desenvolvidos com Embrapa Cerrados, Embrapa Hortaliças e Embrapa Amazônia Oriental.

As ações desenvolvidas em Moçambique destacam-se entre os projetos de Cooperação Triangular e a parceria com a Embrapa Soja entre as iniciativas de cooperação técnico-científiica. Também merecem destaque, segundo Nobuyuki, o projeto Curso de Treinamento para Terceiros Países, voltado a nações Latino Americanas e Africanas de língua portuguesa e desenvolvidos em conjunto com Embrapa Hortaliças, Embrapa Mandioca e Fruticultura, Embrapa Amazônia Oriental e Embrapa Agroindústria Tropical.

por @grassi_m com informações da Embrapa

MERCADO: Preço da soja sobe R$ 1 por dia

Segundo apurou a pesquisa diária do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada, da USP), no mercado físico brasileiro a soja fechou na terça-feira (15/10) com preços médios nos portos do Brasil sobre rodas para exportação subindo mais 0,79%, para a média de R$ 89,66/saca. Com isto, o acumulado do mês saltou para positivos 3,34%.  

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Brasil deverá ter produção recorde de grãos na safra 2019/2020

O 1º levantamento da safra de grãos 2019/2020, divulgado na quinta-feira (10) pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), indica que a produção brasileira está estimada em 245,8 milhões de toneladas, um aumento de 1,6%, ou seja, 3,9 milhões de toneladas a mais em relação à safra 2018/2019; um recorde.

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Boletim Agro News 002

Alho, milho, café e algodão terão custos de produção atualizados, diz Conab

Entre os dias 5 e 9 de agosto, a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) promoveu painéis em Cristalina/GO com produtores rurais do município para atualizar o custo de produção do alho, milho, algodão e café cultivados na região.
Durantes os encontros, técnicos da Companhia pesquisam coeficientes técnicos (preços de maquinários, insumos, implementos) que impactam nos custos de cada um dos produtos para a atualização dos pacotes tecnológicos. Na ocasião, também realizaram visitas a propriedades modais próximas ao município.
A escolha por Cristalina, que faz parte da Região Integrada de Desenvolvimento do Distrito Federal e Entorno (Ride), deve-se à intensa cadeia produtiva da região. A atualização de informações serve como base para a definição de políticas públicas, dentre elas a Política de Garantia de Preços Mínimos (PGPM), instrumento utilizado pelo governo federal nas ações de fortalecimento da agricultura.

Melão: Oferta aumenta, mas demanda não reage

As cotações do melão amarelo no Rio Grande do Norte/Ceará registraram leve redução na semana (5 a 9/08) em função do aumento gradual da oferta (decorrente do início da safra principal) ser acompanhado pela demanda controlada até o momento. Apesar do início do mês, as compras realizadas por atacadistas e redes de varejo se mantiveram baixas, principalmente no Sul e no Sudeste – principais regiões consumidoras e que apresentam temperaturas mais amenas durante o inverno. Dessa forma, o amarelo tipos 6 e 7 registrou média de R$ 21,25/cx de 13 kg, desvalorização de 1% frente à semana passada. Na mesma comparação, observou-se redução de 4% para os tipos 11 e 12, por conta da menor procura por frutas de baixo calibre.
Já no Vale do São Francisco (PE/BA), a comercialização continua sendo a granel para Norte e Nordeste. A região passa por considerável variação do preço entre produtores, o que ocorre principalmente em função dos diferentes níveis de tecnificação entre eles. A maior parte dos produtores do Vale ainda realiza cultivos com sementes F2, o que impacta em qualidade e, consequentemente, nas cotações. Produtores que conseguem investir em sementes F1 acabam tendo um produto final de maior valor agregado. O amarelo obteve cotação de R$ 0,75/kg, valor 22% superior nesta semana.

Açúcar: Indicador segue na casa dos R$ 58/sc

O Indicador CEPEA/ESALQ do açúcar cristal (cor Icumsa de 130 a 180, mercado paulista) manteve-se na casa dos R$ 58/saca de 50 kg ao longo da última semana. Segundo colaboradores do Cepea, usinas paulistas mostraram-se mais firmes com relação aos preços das negociações do cristal e o volume ofertado também foi um pouco menor. Esse cenário pode ser reflexo do andamento da safra paulista 2019/20, que segue com maior mix de produção para o etanol em detrimento do açúcar. De 29 de julho a 2 de agosto, a média do Indicador CEPEA/ESALQ foi de R$ 58,51/saca de 50 kg, ligeira alta de 0,35% em relação à de 22 a 26 de julho (R$ 58,31/saca de 50 kg). Em julho, a média do Indicador CEPEA/ESALQ foi de R$ 59,70/saca de 50 kg, 4,56% menor do que a de junho (R$ 62,55/sc). Apesar do recuo, os preços médios no acumulado da atual temporada 2019/20 (de abril/19 a julho/19) seguem acima dos observados no mesmo período da safra anterior, em termos reais.
Os baixos preços registrados em julho, em conjunto com a demanda fraca no período, refletiram em sucessivas desvalorizações das alfaces nas praças paulistas de Mogi das Cruzes e Ibiúna e na região serrana de Teresópolis (RJ). Mesmo com a queda nas cotações, a oferta (ainda que crescente) foi reduzida, devido à menor área plantada – gerando rentabilidade positiva para as regiões.
Em Ibiúna, o preço médio da crespa, em julho, foi de R$ 9,83/cx com 20 unidades, valor 7,28% superior ao valor de custo. Em Mogi das Cruzes, a rentabilidade da americana também foi positiva (20,93%), com cotação média de R$ 12,50/cx com 12 unidades. Os cenários favoráveis foram motivados pela redução dos custos de produção – devido à menor incidência de doenças, ao menor volume descartado e à oferta mais controlada (por conta da redução do plantio).
Já em Teresópolis (RJ), a proliferação de esclereotínia (mofo branco), comum no período, gera excessivo volume de perdas e, consequentemente, preços baixos. Porém, neste inverno, a doença está bem controlada, o que também influenciou nas melhores rentabilidades: positivas em 74% para a crespa e em 26% para a americana.
Para agosto, a tendência é de que as vendas se elevem um pouco, por conta do retorno das aulas. Contudo, a boa produtividade esperada pode continuar limitando as cotações.

Alface: Rentabilidade é positiva em SP e RJ

Os baixos preços registrados em julho, em conjunto com a demanda fraca no período, refletiram em sucessivas desvalorizações das alfaces nas praças paulistas de Mogi das Cruzes e Ibiúna e na região serrana de Teresópolis (RJ). Mesmo com a queda nas cotações, a oferta (ainda que crescente) foi reduzida, devido à menor área plantada – gerando rentabilidade positiva para as regiões.
Em Ibiúna, o preço médio da crespa, em julho, foi de R$ 9,83/cx com 20 unidades, valor 7,28% superior ao valor de custo. Em Mogi das Cruzes, a rentabilidade da americana também foi positiva (20,93%), com cotação média de R$ 12,50/cx com 12 unidades. Os cenários favoráveis foram motivados pela redução dos custos de produção – devido à menor incidência de doenças, ao menor volume descartado e à oferta mais controlada (por conta da redução do plantio).
Já em Teresópolis (RJ), a proliferação de esclereotínia (mofo branco), comum no período, gera excessivo volume de perdas e, consequentemente, preços baixos. Porém, neste inverno, a doença está bem controlada, o que também influenciou nas melhores rentabilidades: positivas em 74% para a crespa e em 26% para a americana. Para agosto, a tendência é de que as vendas se elevem um pouco, por conta do retorno das aulas. Contudo, a boa produtividade esperada pode continuar limitando as cotações.

Arroz: Agosto começa prometendo melhores preços

Se agosto é o mês do desgosto, foi em junho e julho que os arrozeiros gaúchos viram os preços do arroz despencarem no Rio Grande do Sul, depois de testarem um teto de até R$ 46,00 na Zona Sul em maio. E em agosto, o otimismo começa a reinar já nos primeiros dias, com grande expectativa sobre uma retomada na evolução dos preços. Nos três primeiros dias úteis as notícias são boas para os agricultores: as cotações voltaram a subir e acumularam 0,77%, chegando a R$ 43,23 nesta segunda-feira, ultima semana, 5 de agosto. Pela cotação do dólar, que desvalorizou em função da disputa comercial com a China, a equivalência ficou em US$ 10,91 por saca de 50 quilos.

Etanol: Preços se mantêm firmes pela 5ª semana seguida

A demanda por etanol continuou aquecida por parte de alguns compradores nos últimos dias, mas o volume negociado de etanol hidratado foi bastante menor se comparado ao da semana anterior. Mesmo assim, os preços ficaram firmes pela quinta semana consecutiva. De acordo com colaboradores do Cepea, compradores estavam retirando o produto adquirido anteriormente e as bases de descarga estavam bastante abastecidas. Do lado das usinas, boa parte seguiu firme nos preços de vendas neste momento de entrada do período de pico de colheita. Entre 29 de julho e 2 de agosto, o Indicador CEPEA/ESALQ do etanol hidratado fechou a R$ 1,7253/litro (sem ICMS e sem PIS/Cofins), pequena alta de 0,56% em relação ao da semana anterior. No caso do etanol anidro, o Indicador CEPEA/ESALQ foi de R$ 1,8992/litro (sem PIS/Cofins), aumento de 1,5% na mesma comparação.

Maçã: Preços sobem em São Joaquim

Na semana (02 a 09/08), a comercialização de maçãs começou a dar indícios de que pode se aquecer nas próximas. A volta às aulas, a semana de pagamentos e um aumento na temperatura nos principais centros consumidores, estimularam a demanda, o que permitiu que classificadores subissem os preços da Cat 1.
Entre as três principais regiões classificadoras, São Joaquim (SC) foi a que obteve maiores valorizações: para a gala graúda Cat 1, a alta foi de 9% e a fruta fechou com média de R$ 66,90/cx de 18 kg, enquanto a fuji graúda Cat 1 finalizou com média de R$ 62,33/cx de 18 kg, aumento expressivo de 13% frente à semana passada. Até mesmo as miúdas da mesma categoria conseguiram manter boas cotações.
Segundo agentes, as maiores dificuldades de escoamento continuam sendo das maçãs Cat 2, uma vez que não conseguem competir com os preços mais baixos da Cat 3 e nem com a maior qualidade da Cat 1. Assim, apesar de boas cotações, o cenário geral para as maçãs de categoria 2 foi de manutenção ou até de leve recuo de preços nesta semana, em todas as regiões classificadoras.

Tomate: Calor e oferta alta reduzem cotações

O tomate salada longa vida foi negociado na Ceagesp a R$ 32,50/cx de 18-20 kg (-12,08%) e a R$ 55,17/cx (-11,50%), para as classificações 2A e 3A, respectivamente, entre 05 e 09/08. Apesar da frente fria da semana (03 e 04/08), o volume não esteve baixo na segunda-feira (05) e os produtos foram comercializados entre R$ 50,00 e R$ 70,00/cx. Com os termômetros registrando temperaturas mais elevadas, a maturação dos frutos foi maior, o que elevou ainda mais a disponibilidade de mercadoria, reduzindo os preços. Assim, o calor e a oferta elevada foram responsáveis pela queda nos valores, e, na ultima sexta (09) haviam tomates sendo vendidos entre R$ 30,00/cx e R$ 40,00/cx (3A) nos principais atacados brasileiros (São Paulo, Campinas/SP, Rio de Janeiro/RJ e Belo Horizonte/MG). Também houve recuo expressivo do tomate rasteiro para mesa que foi comercializado pelos produtores em Irecê (BA) a R$ 26/cx, queda de 22,39% em relação à semana passada. Isso se deve a colheita em outros locais, como Goiás (GO). Nos próximos dias, caso esquente ainda mais, podem ter mais produtos para a venda, reduzindo as cotações.

Mamão: Oferta de havaí se eleva na roça

Nos dias (05 a 09/08) foram marcados por uma nova redução dos preços do mamão havaí nas maiores regiões produtoras da variedade (Sul da Bahia e Norte do Espírito Santo). Na praça norte capixaba, o havaí foi comercializado na média de R$ 5,40/kg, queda de 12% em relação à semana passada. Já na sul baiana, as cotações caíram 8% na mesma comparação, registrando média de R$ 5,40/kg.
Este cenário do havaí, esteve relacionado à demanda ainda enfraquecida, devido aos altos preços registrados, e ao aumento da oferta nas regiões produtoras, já que as lavouras sentiram a mudança na temperatura (clima mais quente), ocorrendo avanço da maturação das frutas. Para as próximas semanas, maior disponibilidade de havaí é esperada, podendo pressionar ainda mais as cotações.

Manga: Preços sobem na Ceagesp

A manga teve valorização expressiva na Ceagesp na semana (05 a 09/08). Após semanas de baixas temperaturas – que reduziram o consumo – o mercado voltou a se aquecer, beneficiando o escoamento da fruta. A palmer ficou na média de R$ 4,00/kg, e a tommy foi vendida a R$ 4,22/kg, aumentos de 27% e 16%, respectivamente.
Além da recuperação da demanda, a oferta ainda não é elevada nas roças, sustentando os melhores preços – vale lembrar que a tendência é de aumento gradual e moderado das colheitas ao longo deste semestre, tanto no Nordeste, quanto no Norte de Minas Gerais. Apesar dos bons resultados e do registro de valorizações nesta semana, atacadistas salientaram que a grande diversidade de calibre e qualidade das mangas recebidas nos boxes gerou oscilações nos preços: a palmer teve valores mínimos de R$ 3,17/kg e máximos de R$ 4,67/kg, enquanto o menor preço da tommy foi de R$ 3,33/kg e, o maior, de R$ 5,00/kg.

Uva: Aumenta oferta de vitória no Vale

No Vale do São Francisco (PE/BA), o mercado de uva foi um pouco mais fraco na semana (05 a 09/08). De acordo com os produtores da região, para a BRS vitória, este cenário, juntamente com o maior volume, faz com que as cotações diminuíssem no período. Para a variedade embalada, a média foi de R$ 6,21/kg, queda de 13% em relação à semana passada; nas roças, o recuo foi ainda maior: -16,1%, com as cotações atingindo R$ 4,33/kg.
A arra 15 também apresentou volume considerável, porém, a saída desta variedade foi melhor: na versão embalada a média foi de R$ 9,41/kg (+1%). Produtores afirmaram que as uvas estão com boa qualidade e dentro do padrão comercial ideal. Viticultores da região seguem ansiosos para o início das exportações, levando em consideração que essa atividade costuma dinamizar o mercado doméstico – já que, dependendo do volume, pode proporcionar cotações melhores ao aliviar o abastecimento interno.

Ovos: Poder de compra recua pelo 3º mês consecutivo
Ainda que a movimentação de preços no mercado de grãos tenha sido favorável ao avicultor de postura em julho, as desvalorizações mais expressivas dos ovos comerciais reduziram o poder de compra frente aos principais insumos utilizados na atividade. Assim, segundo pesquisadores do Cepea, as quantidades de milho e de farelo de soja que o produtor pôde comprar diminuíram pelo terceiro mês consecutivo. Segundo a Equipe de Grãos do Cepea, as desvalorizações do milho estiveram atreladas ao avanço da colheita da segunda safra, que elevou a disponibilidade do cereal na maior parte das regiões acompanhadas. Em relação ao farelo de soja, o movimento de queda esteve associado ao menor ritmo de negócios, uma vez que vendedores já comercializaram boa parte da safra 2018/19, e compradores do derivado, já abastecidos, passaram a adquirir volumes menores. Os preços dos ovos branco e vermelho tipo extra, por sua vez, caíram com maior intensidade em julho, devido ao menor ritmo de negócios, que está atrelado à redução da procura no período de férias escolares e à existência de estoques, observados especificamente no início do mês.


Por CCIBJ-PR com informações dos sites:
Conab, Cepea, Hortifrut, Planeta Arroz e Notícias Agrígolas

 

Com investimentos em tecnologia, safra de grãos pode ter novo recorde

Com as previsões cada vez mais otimistas de produção recorde neste ano, o produtor rural deve continuar investindo em tecnologias na safra 2019/2020 e a expectativa é de que a colheita no ano que vem seja ainda maior e supere a projeção atual, avalia o assessor técnico da Comissão Nacional de Cereais, Fibras e Oleaginosas da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), Alan Malinski.

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Conab mostra cenário positivo para inflação e atividade agrícola

Temas como os últimos dados do levantamento da safra de grãos, o impacto do grupo alimentação e bebidas e transportes na inflação, a cesta de produtos com maiores bônus da PGPAF em junho são destaques na 7ª edição da “Revista Indicadores da Agropecuária” editada pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) e já disponibilizada no site.

Na publicação, o feijão-carioca é relacionado ao movimento baixista na composição do IPCA, que na opinião do economista da Conab, Renato Heinz, “a redução de preços nos últimos meses, após alta significativa no início do ano, em junho voltou a cair 14,8%”.

Outros indicadores são citados, como o crescimento da produção do feijão cores, a redução do preço de frutas e o volume comercializado pelas Ceasas, além do aumento da produtividade de arroz sequeiro, feijão, mamona, cenário da soja, milho e do café produzidos em Minas Gerais. Na relação de troca de produtos por insumos, a edição traz ainda o pacote tecnológico dos custos de produção de itens como máquinas agrícolas (colheitadeiras e trator) e fertilizantes (NPK, ureia, cloreto de potássio).

Fonte: Conab

Boletim Agro News

Produção de soja do Brasil deve avançar ao norte e saltar 33% em 10 anos, diz estudo

A produção de soja do Brasil deve avançar 32,9% nos próximos dez anos, atingindo os 151,9 milhões de toneladas na temporada 2028/29, com a continuidade da expansão produtiva em direção ao Norte, informou o Ministério da Agricultura em estudo de longo prazo divulgado na utima sexta-feira.

De acordo com a pesquisa, na próxima década a área plantada com a oleaginosa no país deve saltar 9,5 milhões de hectares, ou 26,6%, e alcançar os 45,3 milhões de hectares em 2029, sendo a lavoura com o maior crescimento previsto para o período –ainda que menor que o dos últimos 10 anos, quando expandiu 67%.

Alface: Clima acelera crescimento e limita alta dos preços em SP

Após o início de julho com produção reduzida, a elevação da temperatura na semana (22 a 26/07) resultou em maior oferta nas lavouras de Mogi das Cruzes e Ibiúna (SP). Os dias mais ensolarados e mais quente beneficiaram a produtividade e, consequentemente, elevou a quantidade de pés nas roças.

No início do mês – com influência das baixas temperaturas acompanhadas de geadas – o ciclo de crescimento das alfaces se prolongou, porém, com estes dias mais quentes, o crescimento está se acelerando, resultando na maior oferta nas roças. Entretanto, esse cenário terá impacto mais significativo somente nas próximas semanas. Como a demanda continua enfraquecida pelo recesso escolar, as sobras estão maiores e os preços recuaram: a crespa teve queda de 4,21% em Mogi das Cruzes, sendo cotada a R$ 11,38/cx com 20 unidades.

Em relação à qualidade, está satisfatória, sem grandes problemas com doenças, segundo colaboradores do Hortifruti/Cepea. Para a próxima semana (27/07 a 02/08), os preços não devem se alterar, pois o clima deve continuar favorecendo a produção e elevando a oferta disponível. Por outro lado, a volta às aulas pode favorecer a saída das alfaces.

Maçã: Final de mês limita demanda

Com a proximidade do fim de mês, o mercado de maçãs permaneceu lento na semana (22 a 26/07) em função do menor poder de compra do consumidor. Porém, apesar da comercialização enfraquecida, os preços da maçã ficaram estáveis ou com leve recuo, principalmente para as frutas de primeira categoria. Isso ocorreu porque as classificadoras reduziram a abertura das câmaras de armazenamento e, consequentemente, processaram um menor volume de maçãs – prática que visava manter a oferta controlada.

Na média das regiões classificadoras, a gala graúda Cat 1 fechou com preço médio de R$ 62,71/cx de 18 kg, leve redução de 2% frente à semana passada. Para a fuji graúda Cat 1, o recuo de preços foi de apenas 1%, sendo vendida por R$ 54,76/cx de 18 kg.

Ainda assim, segundo colaboradores do Hortifruti/Cepea, houve certa dificuldade no comércio da categoria 2, visto que há classificadores que montam lotes mistos de Cat 1 com as melhores frutas da 2 e comercializam como uma categoria 1 mais “barata”, o que reduz a atratividade e a competitividade das frutas de categoria 2. Vale ressaltar que, para alguns centros, a baixa procura por maçãs também está relacionada às férias escolares e ao frio, cenário observado na Ceagesp.

Uva: Preços no NE estão satisfatórios

Os preços da uva no Vale do São Francisco (PE/BA) estão elevados. De acordo com agentes do setor, o mercado tem sido atrativo diante da oferta controlada a nível nacional. Na semana (22 a 26/07), as temperaturas subiram um pouco, melhorando o escoamento nas centrais atacadistas. Além disso, o Vale conta com poucas frutas, devido às chuvas e os abortamentos do primeiro semestre. As temperaturas também influenciaram levemente no ritmo da maturação, fazendo oscilar a quantidade colhida.

As uvas com semente como itália e benitaka ficaram na média de R$ 4,11/kg e R$ 4,35/kg nas roças, um incremento de 2,3% e 7,9% nesta semana ante à passada. Para as uvas sem semente, como a BRS vitória, o preço ficou em R$ 5,17/kg (+9,9%). De modo geral, a expectativa é bastante positiva, levando em consideração a atividade exportadora, que tem se mostrado próspera e uma das fontes de escoamento de mercadorias.

Tomate: Maiores temperaturas elevam oferta e preço cai

Na semana (22 a 26/07) os preços do tomate salada longa vida 3A caíram significativamente. A queda mais expressiva foi observada nos atacados de São Paulo (SP) e do Rio de Janeiro (RJ): 29,81% (R$ 55,30/cx de 20 kg) e 28,48% (R$ 64,52/cx), respectivamente. A desvalorização já era esperada, já que com o aumento gradual das temperaturas nos últimos dias, a maturação dos tomates se acelerou. Além disso, a primeira parte da safra de inverno continua se intensificando. De acordo com colaboradores do projeto Hortifruti/Cepea, a qualidade dos frutos em geral é boa, atendendo às exigências do mercado: graúdos e sem manchas (“lisos”, de acordo com os atacadistas). Para a próxima semana, a tendência é que a oferta siga nos patamares dessa, ou até mesmo aumente, uma vez que as temperaturas devem continuar subindo.

Batata: Preço continua caindo com safra de inverno a todo o vapor

A queda nos preços da batata padrão ágata especial foi ainda mais significativa na semana (22 a 26/07). Com o ritmo acelerado da safra de inverno, principalmente em Vargem Grande do Sul (SP), o volume nesta semana esteve maior. Muitos produtos foram comercializados a R$ 60,00/sc de 50 kg nos três principais atacados brasileiros e, de acordo com colaboradores do Hortifruti/Cepea, são batatas de qualidade mais inferior: calibre menor e pele escura. No Rio de Janeiro (RJ) as vendas foram de R$ 83,79/sc (-24,80%), em Belo Horizonte (MG) de R$ 87,19/sc (-21,55%) e em São Paulo (SP) R$ 94,75/sc (-19,12%). Além da elevada oferta, neste mês, com as férias escolares, a demanda pelo tubérculo também caiu. Entretanto, nos próximos dias a procura já deve se normalizar com a volta às aulas. Nas lavouras, a produtividade está maior. Em Vargem Grande do Sul, por exemplo, nesta semana, o rendimento aumentou, e a média está em torno de 700 sc/ha. Assim, mesmo que eleve a procura, as cotações podem recuar pois há bastante batata para ser colhida.

Melancia: Mesmo com clima mais firme, preços não reagem

Os preços da melancia em Goiás e no Tocantins continuaram em queda na semana (22 a 26/07). Mesmo com um aumento na temperatura no estado de São Paulo nos últimos dias, o mercado da fruta ainda não teve mudanças significativas quanto ao consumo, segundo colaboradores do Hortifruti/Cepea. A graúda (>12 kg) tocantinense foi comercializada a R$ 0,36/kg, queda de 10,4% frente à semana anterior, enquanto a goiana teve média de R$ 0,41/kg, valor 5,3% inferior.

Vale ressaltar que agentes relataram melhor qualidade na melancia do Tocantins, que tem tido melhor escoamento, enquanto a fruta de Goiás está com a casca mais grossa, devido ao maior tempo exposta ao frio. Para as próximas semanas, espera-se que a tendência de maiores temperaturas no mês de agosto, aliado ao período de volta às aulas, aumente a demanda por melancia, o que pode reduzir a pressão sobre as cotações.

Preço Nacional do Feijão é criado para auxiliar produtores na hora da venda

A paciência de vários setores da produção se esgota com os indícios de manipulação de informações. “Ora, se no Brás havia 7.000 sacos de oferta ontem e a oferta de Feijão-carioca era de novos lotes que lá chegaram de madrugada, qual a razão de um vendedor aceitar o mesmo preço do dia anterior? Qual a razão de vender em São Paulo se não conseguir comprar lá das lavouras, com margem? Não faz sentido. Parece que alguém lá manda escrever o que lhe beneficia para ir no campo comprar durante o dia. Não somos idiotas”, resume a situação um grande produtor associado ao IBRAFE. Ele tem razão. Talvez, se houvesse transparência nas operações lá realizadas, poderia se “engolir” barbaridades como as que dizem que lá acontece. Qual a razão, para um comerciante vender por um preço que não permite recomprar no campo? Isto gera suspeitas em qualquer mente razoavelmente sagaz. Cada novo boletim emitido sobre as nebulosas madrugadas do Feijão-carioca no Brás é uma nova provocação que se faz ao setor. E não somente produtores que se sentem atingidos, mas empacotadores que em nada se beneficiam com o sobe e desce de preços. Qual a solução? Ler ou ouvir besteiras não depende de querer, mas aceitar o que está escrito ou aceitar ser manipulado só depende de você. Por esta razão foi criado o PNF – Preço Nacional do Feijão. E é de graça. Basta enviar um WhatsApp para 41 9137-1831. As vendas são reportadas por produtores, corretores, cerealistas e empacotadores. Se abaixar o preço nas fontes, rapidamente todos sabem e se subir também, na velocidade do WhatsApp.

Mamão: Após forte valorização, havaí se estabiliza

Na semana (22 a 26/07), as cotações de mamão havaí já se demonstraram mais equilibradas. Após uma série de valorizações que levaram a variedade a atingir o recorde histórico, o mercado tornou-se mais lento neste final de mês, impedindo grandes alterações nos preços. Nesta semana, a variedade foi comercializada na média de R$ 6,50/kg no Sul da Bahia, queda de 2% em relação à semana passada.

Já no Norte do ES, as cotações se elevaram em menos de 1%, registrando média de R$ 6,43/kg. Segundo mamocultores, espera-se que a oferta tenha aumento no próximo mês, provocando grande queda nos preços – principalmente se houver uma maturação generalizada das frutas após a elevação das temperaturas. Diferente dessas regiões, no RN/CE, foram as chuvas que limitaram a oferta (por dificultarem a colheita) durante o mês de julho.

MILHO – O ministério vê um avanço de apenas 0,7% na área de cultivo ao longo dos próximos dez anos, para 18,5 milhões de hectares, após um crescimento de 33,2% na última década, que teve destaque com avanço de 134% da segunda safra.

“Não haverá necessidade de novas áreas para expansão dessa atividade, pois as áreas de soja liberam a maior parte das áreas requeridas pelo milho”, apontou o estudo.

Mesmo assim, a produção deverá saltar 20,2% no período, com uma projeção de 114,5 milhões de toneladas para 2028/29.

O consumo interno do produto deve permanecer em torno dos atuais 65,6% da produção, enquanto as exportações tendem a avançar em cerca de 10 milhões de toneladas no período, para 41,4 milhões de toneladas em 2028/29.

O ministério prevê ainda uma produtividade em avanço, especialmente para a “safrinha”.

Veja mais detalhes do estudo, que envolve também outras culturas, clicando no link:
http://www.agricultura.gov.br/assuntos/politica-agricola/todas-publicacoes-de-politica-agricola/projecoes-do-agronegocio/projecoes-do-agronegocio-2018-2019-2028-2029-preliminar

Fontes: Cepea/Hortifruti,  Conseleite RS e IBRAFE