Secretaria de Agricultura e Abastecimento busca a integração da pesquisa agropecuária com a preservação ambiental

No dia em que todos os países comemoram o Dia Mundial do Meio Ambiente, 5 de junho, a Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, por meio do Instituto de Zootecnia (IZ), da coordenadoria de Desenvolvimento Rural Sustentável (CDRS) e do Instituto Agronômico (IAC), enfatiza ações que aproximam a Cidade do Campo e integra a pesquisa cientifica e transferências de tecnologias agropecuárias com a preservação ambiental. A ação é efetivada com a participação de seus representantes técnicos nos Comitês de Bacias Hidrográficas, estabelecendo políticas públicas para tratarem, simultaneamente, do desenvolvimento e valorização do produtor rural e das ações de conservação ambiental e regularização do ciclo hidrológico.

O diretor do IZ, Luiz Ayroza, que também já atuou em Comitês e Bacias Hidrográficas, e sabendo da relevância do assunto, vem incentivando a maior participação dos pesquisadores nas Câmaras Técnicas dos Comitês e Bacias Hidrográficas do Estado de São Paulo, hoje são 21 Comitês. “A Comissão do IZ está sendo reativada para otimização de todas as áreas de reservas de proteção ambiental nas unidades de pesquisa – Sertãozinho, Tanquinho, São José do Rio Preto, Ribeirão Preto e Registro no Vale do Ribeira –, e ter representatividade em todos os comitês de bacias onde estão localizadas, implementando as boas práticas de gestão fundamentadas em conceitos de sustentabilidade em todas as unidades do IZ.”

A Comissão de Gestão Ambiental terá como objetivo propor ações de adequação ambiental das unidades de pesquisa, avaliar e incentivar projetos de pesquisa que busquem a inovação no desenvolvimento de sistemas de produção sustentável animal. “Vale ressaltar que esse trabalho está em consonância com o curso de mestrado do IZ em Produção Animal Sustentável”, destaca Ayroza.

Todas as boas práticas de manejo produtivo e conservação dos solos são recomendadas para os produtores rurais, visando a “produção de água”, produtividade agropecuária e renda. “Essa integração transforma o produtor rural em guardião do meio ambiente”, enfatiza João José Assumpção de Abreu Demarchi, pesquisador do IZ e coordenador da Câmara Técnica de Recursos Naturais dos Comitês PCJ.

A Secretaria de Agricultura e Abastecimento, com o IZ, mantém um termo de cooperação com o SOS Mata Atlântica e a ONG Jaguatibaia – fornecedora de mudas –, Instituições não governamentais que trabalham na proteção e gestão ambiental, com o intuito de restaurar e adequar ambientalmente as fazendas de pesquisa. No momento, 12 hectares da fazenda de Nova Odessa estão sendo restaurados. “O Estado de São Paulo dá exemplo do cumprimento das normas legais de preservação e acena para o caminho que os produtores devem seguir”, afirma Demarchi.

A Secretaria de Agricultura também tem representação no Conselho Municipal de Defesa do Meio Ambiente, atuando de forma efetiva nos últimos anos, visando além da integração do IZ com o Município de Nova Odessa, a contribuição para uma boa gestão ambiental do Município. Segundo Demarchi, o Instituto é uma fazenda dentro da cidade, e “temos nisso a oportunidade de integrar o rural com o urbano numa paisagem única, como preconiza a Secretaria de Agricultura”.

O Instituto Agronômico também tem diversas ações que contribuem com a conservação do ambiente. Desde a preservação de recursos genéticos até a avaliação de emissões de gases de efeito estufa em ambientes agrícolas, além do desenvolvimento de plantas resistentes a pragas e doenças, que contribuem com o controle integrado, reduzindo aplicação de agrotóxicos. Assim como, os estudos de irrigação que ajudam o produtor rural a economizar água.

“Nessa linha de agrotóxicos tem um amplo projeto de proteção do trabalhador e de tecnologia de aplicação, que resulta no treinamento de agricultores e na aplicação segura desses produtos, contribuindo para reduzir desperdício e reduzir a quantidade aplicada”, detalha a pesquisadora do IAC, engenheira agrônoma Isabela de Clerici Maria.

Isabela destaca que as pesquisas abordam a conservação do solo – erosão e física do solo. “São estudos para controle da erosão e da compactação do solo, orientando o planejamento conservacionista e a gestão ambiental de propriedades agrícolas.”

Já na Extensão Rural, a CDRS representada pelas Casas de Agricultura do Estado de SP, auxilia os produtores na manutenção do meio ambiente em suas propriedades, orientando no plantio de mudas arbóreas em APP, a utilização correta de defensivos agroquímicos e orgânicos, a conservação de solo, o uso racional da água, na conservação das nascentes. “A importância dessas metodologias e técnicas vem ao encontro da preservação ambiental do munícipio para preservação, sustentabilidade e segurança alimentar”, explica André Luiz Barreto, engenheiro agrônomo da Casa da Agricultura em Nova Odessa.

O Programa Município Verde Azul (PMVA) e suas 10 diretivas, também é outra ação do Governo do Estado de São Paulo, por meio da Secretaria de Estado de Infraestrutura e de Meio Ambiente do Estado, e instrumento da Política de Mananciais PCJ, sendo ferramenta indispensável para melhoria da gestão ambiental nos municípios. E neste âmbito, Demarchi, como membro do Conselho Municipal de Defesa do Meio Ambiente (Comdema), contribuiu para a obtenção da certificação e boa classificação de Nova Odessa no PMVA em 2018.

A Política de Mananciais do PCJ visa à recuperação, conservação, preservação dos Mananciais de abastecimento urbano nos municípios que fazem parte desta bacia hidrográfica (Rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí), sendo um instrumento de política pública na gestão dos recursos hídricos e busca de segurança hídrica, integrando também campo e cidade e produtor rural com preservação ambiental.

Fonte: Instituto de Zootecnia

Brasil busca cooperação com China e Japão

O Brasil vai formar um grupo de trabalho com a China para tratar de assuntos relacionados à ciência, tecnologia e inovação no campo. O assunto foi tratado durante reunião da Comissão Sino-Brasileira de Alto Nível de Concertação e Cooperação (Cosban).

O Secretário de Inovação, Desenvolvimento Rural e Irrigação do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Fernando Camargo, representou o Brasil na subcomissão setorial sobre agricultura durante a Cosban. Segundo ele, Brasil e China têm características complementares, e têm muito a cooperar.

“Esse é o ponto fundamental da Cosban, que é cooperação. Brasil e China não são competidores, eles se complementam”, diz Camargo. O objetivo é que o GT resulte em convênios com universidades e centros de pesquisas entre os dois países.

Outro tema tratado no encontro foi a possibilidade de aumentar as exportações do açúcar brasileiro para a China.

“Os chineses relutam em relação ao açúcar brasileiro nos dizendo que há traços de transgênicos no açúcar, derivado da cana-de-açúcar transgênica. Mas isso também foi muito discutido, nós evidenciamos por estudos científicos que o açúcar é outra coisa. A cana-de açúcar geneticamente modificada não deixa traços no açúcar”, explicou o secretário.

O vice-presidente da República, Hamilton Mourão, também participou da Cosban, quando se reuniu com o vice-presidente chinês, Wang Qishan, em Pequim.

Japão

O secretário Fernando Camargo também se reuniu com diretores da Agência de Cooperação Internacional do Japão (Jica), para tratar de novos projetos de inovação e tecnologia no campo.

“O Brasil tem vazios de internet no campo. Todos sabemos que quando vamos a 30, 40 quilômetros para fora da cidade, o nosso celular já não pega, já tem um apagão de 3G, 4G. então, pode imaginar a dificuldade do agricultor usar a tecnologia de ponta no campo se ele não tem a conectividade”.

Em maio, a ministra Tereza Cristina esteve reunida com o vice-presidente da Jica, quando apresentou dados da produção agrícola e áreas com potencial de investimento externo.

Fonte: Mapa
Foto: @Min_Agricultura 

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