Importações registram aumento de 12% pelos portos do Paraná

Pelo segundo mês consecutivo, as importações superam as exportações pelos portos do Paraná. Em fevereiro, 1.946.654 toneladas de cargas entraram no Brasil pelos terminais paranaenses, enquanto 1.702.124 saíram do País. Com isso, o primeiro bimestre de 2021 registra um aumento de 12% nas compras de produtos estrangeiros e, ao mesmo tempo, uma queda de 12% nas vendas de produtos nacionais.

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Aumento do ICMS de São Paulo reduz em 6% a venda de usados

As transações com veículos usados no Estado de São Paulo somaram 370,2 mil unidades, recuando 6% na comparação com janeiro. A informação foi divulgada pelo Sindiauto, que reúne revendedores de usados. A entidade atribui o desempenho negativo ao aumento de 207% na alíquota estadual do Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS).

De acordo com o Sindiauto, projeções indicam que a retração nas vendas pode chegar a 30% nos próximos meses. Os veículos com quatro a oito anos de uso foram os mais afetados em fevereiro, anotando queda de 7% na comparação com janeiro. Segundo a entidade, o ICMS de um usado de R$ 50 mil saltou de R$ 900 para R$ 2.763 com a nova cobrança que entrou em vigor na metade de janeiro.

Os revendedores temem a perda de 1 milhão de postos de trabalho diretos e indiretos no Estado. Nessa conta não são considerados apenas lojistas e concessionárias, mas também casas de autopeças, oficinas, despachantes e financeiras.

Em seu balanço bimestral, a Fenabrave, que reúne as associações de concessionários, informou que os automóveis e comerciais leves de segunda mão vendidos no Estado representavam quase 40% do total nacional, mas em fevereiro essa participação caiu para 31,2% como consequência do aumento da carga tributária.

“Isso representa queda nas vendas para o lojista, redução de empregos, aumento da informalidade e a saída de revendedoras de carros do Estado”, afirma o representante do Sindiauto, Marcelo Cruz.

Foto: Ag Brasil – reprodução

Segundo maior produtor, Paraná responde por um quinto da batata do País

Frita, assada, cozida, para fazer purê, engrossar a sopa ou comer com um franguinho. Presença obrigatória em uma infinidade de pratos, uma em cada cinco batatas consumidas no Brasil foi colhida em solo paranaense. O Estado é o segundo maior produtor do País, atrás de Minas Gerais, e estima produzir 812,6 mil toneladas até o final da segunda safra, que termina antes do inverno. O Estado responde por 20% da produção nacional.

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IGP-DI registra inflação de 29,95% em 12 meses

O Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI), medido pela Fundação Getulio Vargas (FGV), teve inflação de 2,71% em fevereiro deste ano. A taxa é inferior à observada em janeiro (2,91%), mas muito superior à registrada em fevereiro de 2020 (0,01%).O IGP-DI acumula taxas de inflação de 5,69% no ano e de 29,95% em 12 meses.

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Venda de minérios do Paraná cresceu 228% em dez anos

Foto: Tânia Rego – Agência Brasil

O valor de venda de minérios pelo Paraná registrou um aumento 228% nos últimos dez anos. As produções bruta e beneficiada de minérios comercializados no Paraná passaram de 34,50 milhões de toneladas em 2010 para 51,15 milhões no ano de 2019 e o valor de venda saltou de R$ 484,61 milhões para R$ 1,10 bilhão no período.

O levantamento consta do Informe Mineral 02/2021, com o desempenho da Produção e Comercialização de Minério Bruto e Beneficiado no Paraná, referente aos anos de 2010 a 2019. O trabalho, feito pela Divisão de Geologia do Instituto Água e Terra, órgão vinculado à Secretaria de Estado do Desenvolvimento Sustentável e do Turismo, está estratificado por substância mineral, tendo por base o Relatório Anual de Lavra (RAL), entregue pelos mineradores a Agência Nacional de Mineração (ANM).

O informe apresenta o comportamento do setor extrativista, que registrou um crescimento de 48% de rochas britadas e carbonáticas (calcário e dolomito) durante a década, juntamente com a areia, argilas, saibro, talco, feldspato, carvão mineral, caulim, rochas ornamentais, fluorita e ouro. Além de uma análise global da produção paranaense, para cada substância mineral foi apresentada uma tabela que permite a visualização do desempenho do Estado.

DESTAQUES – Os destaques foram para as rochas britadas e areia utilizadas, principalmente, na construção civil e na elaboração de artefatos de concreto e cimento. As rochas carbonáticas (calcário e dolomito), destinadas para a fabricação de cimento, corretivo agrícola e cal, assim como, carvão o mineral (produção de termoeletricidade) e o talco (na fabricação de cerâmica) também contribuíram para os números positivos.

A intensidade e conduta relativas ao uso de recursos minerais são importantes indicadores sociais. “A demanda por bens de origem mineral é um importante indicativo do crescimento econômico. Representa que o paranaense está ganhando qualidade de vida e estamos no caminho certo”, disse o secretário estadual, Márcio Nunes.

DESEMPENHO – Conforme as informações apresentadas à Agência Nacional de Mineração, a produção de rochas britadas praticamente dobrou em menos de dez anos. Passou de 10,64 milhões para 21,02 milhões de toneladas, o que resultou num aumento no valor de venda de 163% (R$ 178,22 milhões em 2010 para R$ 468 milhões em 2019). O calcário teve um crescimento de 18,11% (de 13,03 milhões para 15,39 milhões de toneladas). O valor de venda aumentou em 130%.

Ainda de acordo com os números apresentados no documento, o valor da venda da areia teve comportamento similar ao da produção. Em 2010 foi de R$ 72,57 milhões. Em 2014 atingiu o pico (R$ 165,08 milhões), seguido de queda até 2017 e, a partir deste ano, retomou o crescimento até 2019, com R$ 137,53 milhões. O crescimento foi de 89,5%.

DOLOMITO – A produção de dolomito foi satisfatória de 2010 até 2012 (2,54 e 3,66 milhões de toneladas, respectivamente). A partir daquele ano, houve quedas consecutivas até atingir a menor produção no período, em 2017 (1,61 milhão de toneladas). A retomada de crescimento só ocorreu em 2019, quando atingiu 2,99 milhões de toneladas.

O minério teve oscilações no valor de venda, com tendência de alta de 2010 (R$ 9,65 milhões) a 2015, quando atingiu o maior valor de mercado (R$ 23,28 milhões). As oscilações persistiram, com tendência de baixa até 2019, quando atingiu R$ 17,61 milhões (crescimento de 82%).

CARVÃO – A produção de carvão mineral também teve um desempenho considerável. Cresceu 23%, passando de 97,53 mil para 120,28 mil toneladas. Já o valor de venda dobrou – de R$ 23,61 milhões para R$ 47,42 milhões.

As quantidades bruta e beneficiada de talco tiveram dois patamares distintos. De 2010 a 2013, a quantidade oscilou entre 638 e 715 mil toneladas. De 2014 a 2017, 211 para 285 mil toneladas. A partir de 2017 teve um aumento substancial, chegando a 999 mil toneladas em 2019.

CRESCIMENTO – A mineração é uma atividade primária e o crescimento das demandas por insumos minerais significa que a indústria está crescendo, produzindo mais e a população aumentando o consumo. A mineração é reconhecida como atividade impulsionadora do desenvolvimento. Os bens minerais têm uma importância significativa para a sociedade e estão diretamente relacionados com a qualidade de vida, alimentação, moradia e vestuário.

Segundo Amílcar Cavalcante Cabral, além de demonstrar o desempenho econômico do Paraná, o informe mineral é imprescindível para que o governo estabeleça diretrizes de desenvolvimento sustentável. “Com base nesses dados é possível desenvolver políticas públicas pontuais, de acordo com o perfil de cada região, melhorando o desempenho da economia, com geração de emprego e renda”, disse.

O Informe Mineral 02/2021 pode ser acessado na página do IAT.

Com AEN